As tradições ainda se constroem e são cada vez mais valorizadas. O Ferroviário, em Lisboa, já é, por tradição, um dos mais requisitados espaços para desfrutar da beleza visual e cultural da capital e a noite de passagem de ano, não pode ser excepção. Por isso e depois de no ano passado já ter esgotado com a presença dos Cais do Sodré Funk Connection, a passagem para 2020 será novamente de luxo. Pelo espaço lisboeta vão passar Bonga, Celeste Mariposa e DJ Dylan, numa noite que será certamente inesquecível.
Apresentando os convidados de honra, o primeiro, quase dispensa apresentações. Desde o álbum Angola 72 que Bonga passou a ser cantor de intervenção de alma e coração, e várias foram as condecorações e menções honrosas que lhe foram sendo atribuídas ao longo da sua carreira. Com mais de 400 canções próprias, editadas, e 46 anos de carreira, Bonga continua a levar a essência da música tradicional de Angola ao mundo.
Celeste Mariposa quer desvendar os mistérios do passado mas viver no aqui e agora. Tem tanto de desejo melómano como de movimentação activista (a luta contra a hegemonia anglo-saxónica e centro-europeia em favor de uma verdadeira e democrática diversidade musical), afirmação da música e cultura da África de expressão portuguesa como riqueza imprescindível, reconhecida e acarinhada não só pelas comunidades africanas no nosso pais, seus descendentes portugueses, e na diáspora mas por todos. Neste contexto Portugal está pela primeira vez no centro do mundo!
Diogo Emídio conhecido como DYLAN no mundo musical começou a sua carreira em 2016 no circuito de bares de Sintra, destacando-se rapidamente com sets enérgicos e variados o que o fez voar mais alto e chegar a públicos mais exigentes. Com fortes raízes no Hip Hop e na Dancehall Music não esquece os ritmos tropicais do Funk e Naija como também World Music
photo: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine