Baiuca é a segunda proposta do ciclo de músicas do mundo Terra em Guimarães

O que há em comum entre um aturuxo, grito tradicional galego, e uma sessão de clubbing?

É a essa pergunta que tenta responder Baiuca, um projeto do músico e produtor Alejandro Guillán, que se constrói no cruzamento entre o cancioneiro tradicional da Galiza e a música eletrónica. Esta é a segunda proposta do ano no ciclo de músicas do mundo Terra, programado pela Capivara Azul – Associação Cultural, e que ocupa o Centro Internacional das Artes José de Guimarães até novembro.

 

Baiuca apresenta-se em Guimarães em formato especial, tocando ao vivo ferramentas contemporâneas (sintetizador, sampler) e instrumentos tradicionais como flautas e ocarinas. É acompanhado por Xosé Luís Romero, um dos mais importantes percussionistas galegos. Romero lidera também a banda de música tradicional Aliboria, de quem Baiuca reconstruiu o disco de estreia para fazer o EP Misturas, editado no ano passado. Andrea e Alejandra Montero, duas das vozes do grupo, também se juntam ao concerto, que terá projeções realizadas em direto pelo videoartista Adrián Canoura.

 

É a primeira vez que Baiuca se apresenta neste formato em Portugal e o concerto tem todos os ingredientes para ser especial. O espetáculo está marcado para o dia 2 de outubro, na Black Box do CIAJG (21h30). Esta é a segunda proposta do ciclo de músicas do mundo Terra, depois da estreia da programação deste ano, no passado dia 18 de setembro, com o concerto da lenda-viva do Funaná de Cabo Verde Julinho da Concertina.

O ciclo prolonga-se até 28 de novembro, quando subir ao palco do CIAJG Kel Assouf, projeto criado pelo músico Anana Harouna do Níger quando se estabeleceu na Bélgica, depois de um longo exílio na Líbia, durante a rebelião tuaregue do início dos anos 1990.

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