As inquietudes de Travis Birds no Misty Fest

Travis Birds regressou este fim de semana ao festival que já a tinha acolhido em 2019. O regresso ao Misty Fest aconteceu em Lisboa, Coimbra e ao final de tarde deste domingo, 28 de Novembro, em Espinho.
Este regresso a Portugal marca a edição do seu disco de estreia, “La Costa de los Mosquitos” um disco recheado de alegrias, tristezas e inquietudes pessoais, aliadas a vivências muito próprias acentuadas pela pandemia. Num desfile de canções na sua lingua materna, o castelhano, Travis desfilou uma panóplia de emoções auditivas alternando entre a melancolia do inicio do concerto e a alegria e destreza da segunda parte do mesmo.
Perante um auditório que a recebeu de braços abertos e de forma efusiva, Travis confidenciou que o concerto deste domingo no Auditório de Espinho foi o que mais lhe agradou, mas que é sempre interessante passar a fronteira e perceber a reacção do público perante a sua música.

Alternado com musicalmente os seus estados de espirito, a sua personalidade em palco é abrangente e segura, não demonstrando fragilidades em pleno contraste com a imagem que confere a quem a vê pela primeira vez.

Seguindo um rumo musicalmente diferente, a própria como referiu tem dificuldade em definir que estilo segue, deixando no ar que a música é aquilo que queremos. A guitarra é a sua ancora em palco, trocando-a apenas uma vez pelas teclas.
É essa guitarra que a leva por caminhos folk mas com um traços de jazz assente nos 4 músicos que a acompanham em palco.

Já no encore somos brindados pela escapatória de Lou Reed que assentou como uma luva na colecção honesta de canções que ao longo de 75 minutos apresentou em palco.

Reportagem / Fotografias: Paulo Homem de Melo

Partilha