Depois da apresentação em 2019 de Temporary Palace no MAAT, uma colaboração criativa com Daddy G. dos Massive Attack, Alice Joana Gonçalves, artista performativa e visual, estreia agora no Centro Cultural da Malaposta Apocalipse 2020.
Vencedora por três ocasiões dos “Novos Prémios” da Fundação Calouste Gulbenkian, a artista, na sua décima criação, assume pela primeira vez a autoria, direção artística e coreografia, numa peça interpretada por três bailarinas selecionadas por “open call”. A criação multimédia e desenho sonoro são ainda realizados em tempo real durante o espetáculo.
Apocalipse 2020 nasce do período de confinamento em que Alice Joana, numa profunda reflexão artística nos leva à questão: “Quem sou eu se ninguém assistir à minha história pessoal?”.
Apocalipse 2020 é a décima criação artística de Alice Joana Gonçalves. Explorando a execução de performances em câmara lenta, através de uma profunda pesquisa filosófica da essência humana, pela primeira vez a artista não interpreta uma criação sua, contando desta vez, em palco, com 3 bailarinas selecionadas por audição: Ana de Oliveira e Silva, Stephanie Cardoso e Victória Bemfica. Também pela primeira vez é uma equipa integralmente feminina que assume a produção artística de uma criação da Pergunta Exótica. Há uma energia muito própria quando assim é, “tudo é muito mais intenso, na preparação, criação, execução ou até na respiração”. “A nudez está também presente e surge, naturalmente, de uma questão ligada à prática: da experiência através do meu próprio corpo nu. O espetáculo é a extensão desse exercício”.
Uma criação em estreia absoluta e em sessão dupla no Centro Cultural da Malaposta, sexta-feira dia 7 de maio, e brevemente em digressão por todo o país.