Alain Platel & Fabrizio Cassol… Requiem para L., de mozart… em Março

Nos dias 14, 15 e 16 de março, o coreógrafo Alain Platel junta-se ao compositor Fabrizio Cassol para apresentar no palco da Culturgest 14 músicos africanos e europeus numa reinterpretação da obra Requiem pour L., de Mozart.

 

Alain Platel é coreógrafo e diretor autodidata, fundador da companhia de dança les ballets C de la B. Desenvolveu diversos espetáculos e colaborações ao longo dos anos, que lhe garantiram um enorme alcance internacional e notoriedade.

Fabrizio Cassol é compositor e trabalhou com vários diretores e coreógrafos de renome durante o seu percurso enquanto autor.  Anteriormente, colaborou com Alain Platel noutras peças e reinterpretou algumas obras de compositores clássicos, como Vsprs (Monteverdi), Pitié! (Bach) e Macbeth (Verdi).

 

Cassol compôs este Requiem por L., de Mozart, que representa o seu empreendimento musical mais audaz de sempre, devido ao do perfecionismo e magistralidade associados a esta obra.  O compositor reinventa esta obra a partir das suas próprias influências musicais, marcadas pelo jazz, a opera e a musica africana popular. Os instrumentos de orquestra são substituídos por guitarras elétricas, mbira, piano, tuba, percussão, acordeão (tocado pelo português João Barradas) e os grandes coros fragmentam-se em duetos e trios. Esta obra clássica de Mozart é regenerada e ganha, assim, uma nova dimensão que parece situar-se entre a música africana e ocidental.

 

Ao nível teatral, Alain Platel e o grupo procuram transpor visual e fisicamente as imagens e associações evocadas pelo Requiem. A energia exuberante da música tocada em palco, contrasta com um vídeo a preto e branco de uma mulher que morre, dominando a cena como um memento mori. Em conjunto, as imagens e a música, originam uma nova experiência numa espécie de celebração da morte e da vida.

Neste espetáculo, Alain Platel e Fabrizio Cassol encontram-se por meio de um misto de culturas, como forma de representação de um novo universo, numa união entre o ocidente e o africano, o clássico e o contemporâneo.

 

Photo: Chris Van der Burght

 

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