A estreia do novo espectáculo de Adriana Calcanhotto, “A Mulher do Pau Brasil”, no esgotado Grande Auditório do CCB, em Lisboa, na passada terça-feira, mereceu rasgadas críticas da imprensa presente. O igualmente esgotado Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, a 21 de Abril, e o Coliseu do Porto a 24, para o qual ainda há bilhetes disponíveis, são as datas que se seguem.
Em “A Mulher do Pau Brasil” Adriana Calcanhotto apresenta um alinhamento que passa pelos seus clássicos, versões que nunca antes tinha cantado e inéditos que compôs em Portugal, entre Coimbra e Lisboa. Inspirada pelo movimento modernista brasileiro dos anos 20, no seu “Manifesto da Poesia Pau Brasil”, a sua influência no Tropicalismo (toda a informação externa deve ser devorada e reinventada nos seus próprios termos), e com base na aprendizagem, pesquisa e trabalho desenvolvido como professora da Universidade de Coimbra e Embaixadora da Língua Portuguesa, Adriana Calcanhotto criou um espectáculo no qual reflecte sobre todas estas experiências e ao qual gosta de chamar “concerto-tese”.
Nestes concertos, Adriana Calcanhotto é acompanhada por Gabriel Muzak, guitarra, mpc e voz, e Ricardo Dias Gomes, no piano, baixo e voz.
Paralelamente aos palcos, Adriana Calcanhotto está, desde 5 de Março, a leccionar o curso “Como escrever canções”, na Universidade de Coimbra, e aí permanecerá até 7 de Maio.
