O Teatro Nacional D. Maria II apresentou hoje a programação da Temporada 2019-2020 sob o mote “Fazer a diferença”. Nas palavras de Tiago Rodrigues, Diretor Artístico do D. Maria II: “Queremos fazer a diferença com uma programação artística que espelhe a enorme diversidade da criação teatral portuguesa e internacional. Queremos contar as novas histórias da sociedade do nosso tempo e regressar às grandes histórias que atravessaram as sociedades ao longo do tempo”.
Mantendo a sua missão de ser um Teatro aberto à comunidade e um lugar para todos, o D. Maria II apresentou a sua a programação para o período de setembro de 2019 a julho de 2020, onde se destacam criações nacionais, dos clássicos aos contemporâneos, e o acolhimento de grandes produções internacionais. A este nível, destacam-se Ibsen House, do australiano Simon Stone a de Ibsen; Crash Park, do encenador francês Philippe Quesne; Bajazet, um espetáculo onde Frank Castorf mistura a tragédia de Racine com O Teatro e a Peste de Antonin Artaud; ou Ricardo III, de Shakespeare, numa encenação de Thomas Ostermeier e da Schaubühne, com apresentações a 31 de dezembro, 2 e 3 de janeiro, que marcarão o Ano Novo no D. Maria II.
Como começa já a ser tradição, a Temporada 2019-2020 terá início a 14 e 15 de setembro com a iniciativa Entrada Livre que este ano, pela primeira vez, se alarga a outros espaços fora do D. Maria II, com um espetáculo no Capitólio e leituras encenadas na Estação do Rossio.
No sábado, dia 14, às 21h30, Selma Uamusse sobe à varanda do Largo de São Domingos para um concerto de entrada livre.
Antígona, de Sófocles, numa encenação de Mónica Garnel, e Colecção de Artistas, de Raquel André, são os espetáculos que dão início a esta temporada. A estes, juntam-se criações como: Mon€y, da companhia Mala Voadora, com direção de Jorge Andrade e texto original de Deborah Pearson; Purgatório – A Divina Comédia, a mais recente criação do Teatro O Bando; A Morte de Danton, numa encenação de Nuno Cardoso e do TNSJ; Canto da Europa, de Jacinto Lucas Pires; Fake, uma encenação de Miguel Fragata, com texto deste e de Inês Barahona; Bruscamente no verão passado, o clássico de Tennessee Williams, com encenação de Bruno Bravo; Aurora Negra, uma criação de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, vencedora da 2ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço; Tempo para refletir, a nova criação da dupla Ana Borralho e João Galante; Catarina e a beleza de matar fascistas, com texto e encenação de Tiago Rodrigues; e ainda Romeu e Julieta, de John Romão, a partir do incontornável texto de William Shakespeare; e A vida vai engolir-vos, um espetáculo de Tónan Quito a partir das quatro principais peças de Tchékhov, apresentado em parceria com o São Luiz Teatro Municipal.
Em abril, a Sala Garrett e a Sala Estúdio recebem ainda, pela primeira vez, o novo ciclo Danço, logo existo, com 5 espetáculos ligados ao universo da dança, que tem início com a nova criação de Olga Roriz, Seis Meses Depois, e encerra com Bacantes – prelúdio para uma purga, espetáculo de Marlene Monteiro Freitas que venceu o Leão de Prata da Bienal de Veneza em 2018. E no Dia Mundial do Teatro, a 27 de março, será anunciado o vencedor da primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, criado com o objetivo de distinguir um profissional de teatro cujo trabalho se tenha destacado no ano anterior.
Nesta temporada, o D. Maria II dá ainda continuidade a várias atividades de sucesso, como o Clube dos Poetas Vivos, desenvolvido uma vez por mês em parceria com a Casa Fernando Pessoa; o projeto de espetáculos para a infância Boca Aberta, que este ano traz dois novos espetáculos ao Salão Nobre Ageas; projetos de incentivo ao teatro jovem, como o PANOS – Palcos Novos, Palavras Novas ou o K Cena, que pelo segundo ano consecutivo vão ter casa no D. Maria II; ou do projeto de digressão nacional Rede Eunice Ageas, que conta agora com o apoio do Grupo Ageas Portugal.
photo: Arno Declair