Escuro, sombrio e sóbrio, poderia ser assim em resumo o concerto de Mark Lanegan em noite de bruxas no Hard Club na passada quinta feira.
Mas a passagem pelo Porto do homem com um currículo musical mais abrangente e enorme foi muito mais que isso.
Navega pelas correntes mais ébrias do rock mas não deixa de pincelar a sua música com toques refinados de uma electronica industrial construida com carisma e sinceridade.
Aos 54 anos de idade, Mark não tem que provar nada, que se afirmar ou tentar conquistar o seu espaço.
Já lá está e ao longo de quase 2 horas de concerto, de uma forma discreta e sóbria, mostrou que as suas canções são para escutar mas sobretudo para abraçar numa noite por muitas festejada como se de um feitiço se tratasse.
Analogias à parte, a caça às bruxas do rock maduro e conciso de Mark resultou em pleno numa sala obscura, tornando ainda mais escura a noite de Mark, a noite de Lanegan no Hard Club.
Para a memória ficam as quase 25 canções de um alinhamento que deu a conhecer as canções do novíssimo “Somebody’s Knocking” mas que não esqueceu aventuras mais distantes da carreira do homem que já passou pelos Queen of The Stone Age
Disbelief Suspension
Letter Never Sent
Nocturne
Hit the City
Sister
Stitch It Up
Night Flight to Kabul
Burning Jacob’s Ladder
Beehive
Bleeding Muddy Water
Deepest Shade
Ode to Sad Disco
Harborview Hospital
Penthouse High
One Hundred Days
Floor of the Ocean
Dark Disco Jag
Harvest Home
Name and Number
Death Trip to Tulsa
Come to Me
Playing Nero
The Killing Season
Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo