A Biennale criou este ano a primeira edição do Permanent Festival of Restored Films ― Classici fuori Mostra, que exibirá até ao dia 30 de Agosto doze obras-primas do cinema, uma escolha dos melhores e mais recentes restauros de obras que marcaram a história do cinema e continuam a influenciar o trabalho dos cineastas de hoje.
Entre eles está A Cidade Branca (1982), de Alain Tanner, produzido por Paulo Branco, que será exibido no dia 21 de Agosto.
O director da Mostra, Alberto Barbera, explicou o porquê desta nova secção, que dá a ver cópias restauradas de filmes de Jean Renoir, Vittorio de Sicca, John Huston ou Edgar G. Ulmer, entre outros:
“O crescente sucesso da secção Venice Classics, que registou a maior participação de espectadores durante o último festival da Biennale, confirma a existência de um público que está extremamente interessado em ver clássicos do património mundial do cinema.
A oportunidade de ver, novamente ou pela primeira vez, filmes que deixaram a sua marca no desenvolvimento da linguagem e estética da Sétima Arte é valiosa para o público em geral, mas para os estudantes em particular, tem um elemento adicional de enriquecimento educacional.
Essas considerações levaram à ideia de uma série de filmes intitulada Classici fuori Mostra, um evento semanal que prolongará o prazer de ver que um festival de cinema deve necessariamente limitar-se a um período de apenas alguns dias.”
O restauro 4k de A Cidade Branca, da responsabilidade da Association Alain Tanner e da Cinemateca Suíça, foi supervisionado por Acácio de Almeida, director de fotografia do filme.
Depois de no ano passado Veneza ter exibido na secção Venice Classics a cópia restaurada de Francisca (1981), de Manoel de Oliveira, produzido por Paulo Branco, o produtor português volta a ter um filme entre os grandes clássicos do cinema que o festival dá a ver em cópias digitais restauradas.
A cópia restaurada de A Cidade Branca pode ser vista no cinema Medeia Nimas e nos dias 29, 30 e 31 de Julho no Teatro Campo Alegre
