A celebração de uma vida… OMD ao vivo na Casa da Música

41 anos e 4 dias depois os OMD (Orchestral Manoeuvres In The Dark) celebraram os 40 anos de carreira na Casa da Música no Porto.

Longe vão os tempos que o duo quebrava corações ao som de “Souvenir“, materializado no descapotável que desfilava pela ruralidade inglesa, numa altura que vídeos davam a conhecer os artistas por detrás das canções. Os OMD souberam sempre bem aliar a imagem à electrónica inovadora da sua música, exemplo disso a canção “Tesla Girls“.

40 anos depois is OMD não esqueceram o charme nem as canções que fizeram do duo dos arredores de Liverpool (Merseyside) uma referência da new age britânica.

Uma retrospectiva de carreira que passou em revista ao longo de 90 minutos os temas que perduram na memória colectiva de quem viveu a adolescência no início dos anos 80.

As celebrações devem ser vividas em ambiente de festa e boa disposição e foi essa energia contagiante que encheu o palco da Casa da Música.

O apelo a dança surge logo no início quando Andy McCluskey manda levantar toda a gente ressalvando que ‘isto’ não era um concerto de Jean Michel-Jarre.

40 anos depois a cumplicidade em palco entre Andy McCluskey e Paul Humphreys são mais que evidentes. Assumindo as rédeas do concerto, Andy alternava com Paul a interpretação de temas como “So in Love” ou “Secret”.

Assumindo uma postura de contacto com o público, cumprimentando os presentes de modo cordial e afectivo, o duo acompanhado por velhos companheiros de estrada, muda-se num formato mais minimalista para os limites do palco onde pela primeira vez apresentam ao vivo o lado b, “Almost”, do seu primeiro single, editado já no longínquo ano de 1979.

Entre memórias, surge um tema novo ao que Andy ironizou que uma banda com 40 anos com um tema novo é sempre “shit” mas prometeu que com os OMD era diferente… e até tinha razão…

O ritmo do concerto manteve sempre uma energia constante com uma plateia a viver as suas memórias ao som dos temas icónicos, como “Enola gay”, que surgia como a ultima canção do alinhamento, mas o encore era inevitável.

Se o lado b já tinha sido apresentado ao longo do concerto, este terminava com o Lado a daquele que foi o primeiro single da carreira dos britânicos, “Electricity”

Em noite de clima tipicamente inglês e com uma legião de fãs provenientes de várias latitudes, os OMD deram cartas da sua vitalidade em palco, mantendo o seu estilo das suas canções, peças fundamentais no puzzle que é a música britânica do início dos anos 80.

A primeira parte do concerto esteve a cargo dos nacionais Cavaliers of Fun.

 

 

Reportagem / Fotografias: Paulo Homem de Melo

 

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