5, 6, 7, 8 and One, de Martim Pedroso & Marlyn Ortiz: pop, voguing e burlesco

5, 6, 7, 8 and One é a nova criação de Martim Pedroso. Um espetáculo híbrido entre o docfilm e o docdrama – onde a ação se passa no palco e no grande ecrã, com colaboração e interpretação de Marlyn Ortiz – que será apresentado de 18 a 21 de maio, na Culturgest, em Lisboa e, antes, nos dias 25 e 26 de abril, no âmbito do Festival DDD, no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, a 29 de abril, no Cineteatro Marques Duque, em Mértola, e a 7 de maio, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.

 

A bailarina, coreógrafa, acrobata e backup dancer Marlyn Ortiz, nascida em Porto Rico e a viver em Nova Iorque – que dançou nos clubes nova iorquinos dos anos 90, em musicais da Broadway, em tournés e music videos de Madonna (de quem é personal trainer), Jennifer Lopez, Mariah Carey, Britney Spears, Katy Perry, The Black Eyes Peas, Taylor Swift e Usher, ao mesmo tempo que criava espetáculos com a sua própria companhia, Bon Bon Burlesque -, é agora o ponto de partida da nova criação de Martim Pedroso.

 

A ideia de 5, 6, 7, 8 and One surgiu, em 2017, quando Marlyn e Martim se encontraram numa esplanada no centro de Lisboa. Um encontro fortuito que deu origem a uma ideia que nem uma pandemia mundial impediu que se concretizasse. De fronteiras fechadas, entre reuniões Zoom, mensagens WhatsApp e videochamadas, o guião foi sendo escrito.

 

É um espetáculo dedicado a artistas que empoderam artistas, que orbita à volta da biografia de uma bailarina porto-riquenha que começou a dançar num quintal no Bronx, passou pelos maiores palcos e arenas do planeta Terra e que, a determinada altura, se cruzou com um encenador e ator português.

 

Como refere Marlyn Ortiz, “eu não conquistei este lugar sozinha. Chegar aqui e agora é o resultado do que eu sou e do que consegui alcançar, assim como o resultado de todas as pessoas que acreditaram em mim e me protegeram. É também o resultado de todas as pessoas que não me deram nada e me rejeitaram. Todos elas me empoderaram. Fizeram com que a minha força interna, a minha confiança e a minha expressão crescessem. O meu poder é o resultado do meu amor incondicional pela dança, da minha técnica, disciplina, perseverança, força, das minhas lutas, da minha sexualidade, da minha raiva, dos meus medos e fragilidades. O meu movimento, ele próprio, é o resultado da minha voz interna que foi edificada por todos estes átomos”.

 

Em palco, estarão Marianna Diroma, Martim Pedroso e Sérgio Noé Quintela, sendo as participações no filme – realizado por Martim Pedroso e Paulo Berberan – asseguradas por Marlyn Ortiz, Dominique Kelley, LaMar Kahlil Lyons, Paul Kirkland, Reina Hidalgo, Reshma Gajjar, Ruthy Akasia Inchaustestegui e Shannon Beach.

 

No Festival DDD, Marlyn Ortiz dará ainda um workshop, no Campus Paulo Cunha e Silva, no Porto, nos dias 25 e 26 de abril, dedicado a profissionais e estudantes de nível avançado de artes performativas. Tem por base a sua experiência enquanto bailarina, coreógrafa e formadora, no âmbito do seu percurso que cruza dança contemporânea com estilos de danças urbanas que se desenvolveram em Nova Iorque desde a década de 1990.

 

Partilha