24º Super Bock Super Rock… as últimas novidades

Foi na passada quarta feira que o festival Super Bock Super Rock deu a conhecer aos última novidades da edição de 2018. A fechar o cartaz, a presença do espanhóis La Fura Dels Baús, que apresentam o espetáculo “IN-UP // OUT-UP“, especialmente desenhado para o Super Bock Super Rock.

No dia 21 de julho, o grupo teatral de Barcelona regressa ao Parque das Nações, 20 anos depois da EXPO’98, com uma performance que reunirá música ao vivo, dança aérea, fogo-de-artifício, grandes elementos, interação com o público, fogo e água num espetáculo inesquecível

A Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô (EPAOE) foi a escolhida para recrutar o elenco dos performers que integrarão o espectáculo, e que será quase integralmente português

Durante 3 dias, o Super Bock Super Rock volta a apropriar-se do Parque das Nações para criar uma experimentação única da cidade, em torno da melhor Música. Wasted Rita, Catarina Glam e Gonçalo MAR expõem obras inéditas e promovem workshops no recinto: a Underdogs volta a apropriar-se do espaço do Festival para a criação de uma experiência única, com a chancela da Super Bock. Assim, e a menos de dois meses da 24ª edição do Super Bock Super Rock, o cartaz do festival está completo.

O primeiro dia será de emoções fortes no Super Bock Super Rock, marcado pelo concerto de tributo “Who the F*ck is Zé Pedro?”, que juntará ilustres convidados, amigos e admiradores do eterno guitarrista dos Xutos, acompanhados por uma banda formada quase exclusivamente por familiares do músico e dos restantes elementos da banda, que acabaria por tornar-se também numa família para Zé Pedro. Rui Reininho, Carlão, Manuela Azevedo, Tomás Wallenstein, Manel Cruz, Palma’s Gang, Ladrões do Tempo, Paulo Gonzo e João Pedro Pais vão interpretar em palco alguns dos temas mais icónicos da vida do músico.

Travis Scott, Stormzy, Sofi Tukker, Julian Casablancas & The Voidz, Tom Misch, Parcels e Princess Nokia são algumas das estreias mais aguardadas, e entre os reencontros mais esperados estão nomes como The xx, Benjamin Clementine, Anderson .Paak & The Free Nationals, Mahalia, Oddisee & Good Compny e os míticos Pop Dell’Arte. Grande destaque também para o tão aclamado regresso dos lendários The The. Matt Johnson está volta aos palcos 15 anos depois, com um espetáculo que promete recordar e criar memórias.

A música portuguesa, como é hábito, terá lugar marcado em todos os palcos, e muito especialmente no Palco LG by Rádio SBSR, por onde passam anualmente, não só novos valores da música nacional, mas também alguns daqueles que lhes servem de referência. Nos restantes palcos, há também concertos obrigatórios a representar da melhor forma a música portuguesa: o regresso de Slow J, este ano, no Palco Super Bock; The Parkinsons e Isaura a apresentar álbuns novos no Palco EDP; e DJ BIG com convidados especiais no Palco Somersby, e ninguém vai querer perder a surpresa que nos prepara…

 

“De dentro para fora, sempre tocando o céu”

La Fura dels Baus regressam ao Parque das Nações. Em 2018 estão de volta com o espetáculo “IN-UP // OUT-UP“. O espetáculo “IN-UP // OUT-UP” é composto por duas partes, explorando o melhor dos diversos ambientes que caracterizam o actual formato assumidamente urbano do Super Bock Super Rock: uma parte indoor, e outra ao ar livre.

A conhecida cantora de flamenco, Mariola Membrives, vai levantar voo sobre o público, dentro do Palco Super Bock. Da indumentária fazem parte saias com 8 metros de comprimento e a sua voz única e poderosa vai seguramente surpreender tudo e todos. Caráter e vertigem: o prelúdio perfeito para a Rede Humana Interna, que surgirá entre o público, com a música e os efeitos sonoros criados especialmente e tocados ao vivo por Miki Espuma. Serão momentos e coreografias muito plásticas e visuais, cheios de metáforas do quotidiano.

Esta primeira parte será o embrião do que se poderá ver depois, ao ar livre.

Tirando partido do corredor da água existente, que marca o cenário do Parque das Nações, um Transformer, juntamente com uma comitiva de personagens de fogo, vai passear entre o público em busca da sua amada, Mariola Membrives, que estará à sua espera no telhado. Nesse momento, já a usar outro vestido majestoso, a cantora de flamenco vai aceitar a oferta do Transformer, e sentar-se ao seu colo no meio de uma história de amor, enquanto canta uma linda canção. Toda esta sintonia despertará um enorme Cilindro Humano, formado por 42 pessoas, a dançar em uníssono, que entrará na água. Dançando para todo o público.

À medida que a coreografia avança, esse cilindro humano começa a transformar-se numa rede, uma imensa Rede Humana, que se forma por cima da água, onde toda a energia, sintonia e cooperação dos artistas é refletida. A metáfora visual de que a união faz a força. Uma imagem final, reforçada por fogo-de-artifício, que completa toda a adrenalina vivida.

A Rede Humana será formada por artistas da EPAOE – Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô. Um espetáculo arriscado, visualmente poderoso e que vai invadir o recinto do Super Bock Super Rock no dia 21 de julho, para um final de Festival grandioso e inesquecível.

 

A Arte Urbana está de regresso ao 24º Super Bock Super Bock com mais novidades. Uma área na qual a marca Super Bock se afirma há vários anos, a Arte Urbana tem vindo, assim, espontânea e naturalmente, a ocupar um espaço cada vez mais importante no Festival. Em 2017, nasceu uma nova identidade visual e várias ações criativas e interativas, que se apropriaram do recinto para uma maior aproximação entre esta expressão artística e o público, criando assim uma experimentação única do espaço assumidamente urbano, em torno da Música. Em 2018 este objetivo vai consolidar-se com novas obras expostas no recinto, em parceria com a Underdogs e a FAHR 021.3, de modo a que o público volte a ser surpreendido no Festival, com um espaço urbano para ser disfrutado de forma criativa.

A “Guitrash”, peça de Bordalo II criada para a edição de 2017 do Festival, volta a ocupar um lugar de destaque no recinto que contará, este ano, com uma outra intervenção artística: um lettering gigante iluminado “SBSR”.

 

Dadas as preocupações ambientais da marca, Super Bock volta a disponibilizar os copos ecológicos, uma inovação pioneira da marca em 2016, e a experiência cervejeira é reforçada com a gama Selecção 1927 e com as as novas cervejas especiais Coruja da Super Bock.

Plataforma cultural baseada em Lisboa, o projeto Underdogs nasceu com o intuito de criar um espaço dentro da cena da arte contemporânea para artistas ligados às novas linguagens da cultura gráfica e visual inspiradas na urbanidade, acolhendo o estabelecimento de parcerias e esforços colaborativos entre criadores, agentes culturais, recintos de exposições e a cidade, contribuindo para uma ligação próxima entre estes e o público. Criado em 2010 e consolidado na sua presente forma desde 2013, o projeto Underdogs assenta em três áreas complementares: uma galeria de arte, uma programação de arte para o público e a produção de edições de arte originais e acessíveis.

A parceria com o Super Bock Super Rock nasceu em 2016 e terá continuidade na 24ª edição, voltando a inovar na forma como está presente no Festival. Desde logo, pela criação da nova peça icónica que apenas será revelada mais próximo do Festival, com assinatura de Catarina Monteiro aka Glam.

 

Catarina Glam é uma artista urbana portuguesa cujo trabalho começou no início do ano 2000, quando a sua paixão pelas cores e formas tomou conta da sua vida e começou por se dedicar ao graffiti e à pintura de murais. A partir desse momento, estavam criadas todas as condições para que o seu trabalho se desenvolvesse noutras plataformas e suportes. A transição do graffiti para trabalhos multidimensionais em papel e madeira foi inevitável, a partir desse momento já desenvolveu peças de design e personagens para várias marcas, diversas exposições de arte e festivais internacionais. O seu universo é vasto, a sua mente anda a mil à hora, é um caos organizado, mas tudo o que desenvolve é feito de forma criteriosa e atenta até ao mais ínfimo pormenor.

Desde que começou o seu blog “Rita Bored”, em 2011, a artista e ilustradora portuguesa Wasted Rita (1988) tem vindo a acumular uma enorme legião de seguidores. Assumindo-se como uma “agente provocadora nata”, a Rita gosta de observar, refletir, escrever e desenhar, dando vida a pequenas pérolas de sabedoria mordaz, refletindo uma educação não convencional num colégio católico ao som de Black Flag. Plenas de angústia existencial, as suas invetivas poéticas sobre a vida contemporânea, cultura popular e o comportamento humano têm aparecido em revistas, livros, exposições e comissões artísticas num crescente número de países à volta do mundo.

 

É também na galeria ao ar livre que Gonçalo Mar dará os workshops de iniciação ao graffiti, uma das atividades no Festival com maior sucesso.

Gonçalo Mar (1974) é um artista visual e artista de graffiti português formado em Design de Moda, cujo imaginativo universo visual é regido por um panteão de fascinantes e grandiosas figuras estilizadas, apresentando uma fusão de referências que vão da cultura pop contemporânea à mitologia clássica. Nos últimos anos, as suas dinâmicas produções em grande escala, que expressam uma riqueza de emoções e realidades, têm adornado edifícios por Portugal e outros países. Membro do coletivo ARM, tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas desde 2004.

 

Também os FARH 021.3 intervêm artisticamente no recinto com os “nenúfares” gigantes a ocuparem uma área maior no espelho de água para que mais festivaleiros possam usufruir deste espaço. É também da sua autoria o lettering gigante “SBSR”, que ficará iluminado à noite, com uma zona de descanso em redor para se desfrutar ainda mais da beira-rio; bem como a estrutura suspensa do palco Super Bock, que, este ano, envolve ainda mais o público.

 

Entre as experiências promovidas por Super Bock no Festival, destaque ainda para um half pipe para a prática de skate, com várias demonstrações durante os 3 dias do Super Bock Super Rock, e ações que vão reforçar o conceito de comunicação da marca, ou seja, a celebração dos “defeitos” nas relações de Amizade.

Reportagem / fotografias: Paulo Homem de Melo

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